segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

MUSA


MUSA

Fique atenta e sensível
e sinta que estou chegando.
Sinta-me no vento...
Sinta rosa qualquer, cor sua
como meu rosto e a possua.
Afinal, qual gesto meu não
é seu neste momento?
Qual rosa roubada por mim
não cobiçou ser sua
ao sentir quão forte
é sua estada em mim?

Pense no amarelo...
Pense no azul...
Pense no verde...
E sinta-se à vontade
para pintar minha alegria.
Fiz-lhe dona das minhas
vergonhas que castigam e coram...
Deixe agora o vento passar
mais uma vez sobre você
e arrancar um sorriso
de olhos fechados.
Sinta-me no vento
Seus cabelos cairão sobre seu rosto
e eu desejarei seus pensamentos.

Tentarei, se for digno,
imaginar seu semblante
simples e triste.
E se conseguir chegar até você
Contarei meu maior segredo em prantos,
só para merecer seu colo...

Lupi Poeta

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